Coloquem-se duas hipóteses para reflexão:
1ª hipótese - A TSU (18%) caiu por ser uma medida sem
sentido algum.
2ª hipótese – A TSU (18%) caiu porque o povo, no saudoso 15
de Setembro, saiu à rua para manifestar a sua indignação.
Como sabeis, e é uma novidade neste país, são permitidas inconstitucionalidades
ou ilegalidades. Como tal - linguagem estatística à margem -, existe significância
popular para não aceitar a 1ª hipótese.
Com a queda da TSU, propõe-se agora um
aumento brutal de impostos para 2013. Caso nada façamos e optemos por permanecer
na nossa zona de conforto, não tenho dúvidas de que o tsunami fiscal será implementado e que terá um impacto muito superior ao esperado na economia portuguesa.
Recorrentemente, tenho juntado a minha voz à de muitos portugueses e mostrado a
minha indignação na rua. No entanto, vejo, com tristeza, que o efeito 15 de
Setembro está diluir-se no pântano em que nos querem submergir. E, acreditem, a
espiral recessiva será tal que pouco ou nada sobrará – e o pouco que sobrar é
para quem se recusa a andar de clio! Porque entendo que devo continuar a lutar
pelos meu direitos no meu país, não por defeito mas por feitio, amanhã estarei,
uma vez mais, numa manifestação junto à Assembleia da República.
Entretanto
luto no meu país mas temo que a indiferença do nosso povo me faça desistir e que
passe a ver, à distância de um continente, o dilúvio de um país que
abdicou de o ser. A minha ambição de abraçar uma carreira internacional não é
nova, oxalá se concretize algum dia, mas, mesmo à distância, detestaria ver o
país definhar devido à resignação e indiferença popular. Nesse momento, até
pela riqueza histórica de que nos deveríamos honrar enquanto nação, sentir-me-ia envergonhado. Oxalá a nossa opção seja a de mostrarmos a nossa indignação face
ao roubo de que estamos a ser alvo! Existem múltiplas alternativas face à política
económica vigente, assim tenhamos nós a coragem de as defendermos na rua! Até amanhã!
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