Sunday, May 30, 2010

Dois itinerários complementares que desaguam numa estrada comum.

Conforme deixei cair no post anterior, encontrei um novo escritório! Um escritório de praia pronto a estrear! :-) Sem angariadores imobiliários, bancos, escrituras e procedimentos afins! É um pouco diferente dos escritórios convencionais. Não é de cimento, o seu espaço não está confinado a 4 paredes nem tão pouco sujeito à claustrofobia dos metros quadrados!

O meu novo escritório de praia tem vista para o mundo, prima pela ausência de vento, transmite uma paz inigualável (apenas quebrada circunstancialmente por outros seres que não os humanos) e reflecte uma aura indelével que contribui para reflexão e redacção dos trabalhos a que me propus desenvolver.

Acresce a isto o facto de que, com o actual aumento da carga fiscal, permite poupar nos impostos, designadamente no IVA, pois o referido escritório não necessita de ar condicionado e electricidade!

Dir-se-á que uma imagem vale mais que mil palavras, facto que indiciaria a colocação neste post de uma imagem do meu novo escritório. Contudo, julgo que uma imagem pode ser bem mais enganadora do que as palavras! Não concordam? Assim, contrariamente à esmagadora maioria dos posts deste blog, fico-me pela mera construção frásica e dispenso os obsoletos serviços de ilustração de Cabacinhas!

Acresce dizer que não belisco minimamente a importância do meu escritório convencional - apelidado de gabinete - mas que, em função do trabalho académico a desenvolver, impõe-se uma complementaridade crítica que é preenchida através da envolvente do meu novo escritório! Se o primeiro propicia toda a sistematização e operacionalidade do trabalho propriamente dito, o segundo permite descodificar as ideias principais da documentação lida e podar os diferentes caminhos em razão da minha estrada de investigação.

"É imenso o prazer que se sente ao fazer uma investigação e qualquer pessoa que tenha a possibilidade de levar a cabo um trabalho deste tipo é, de facto, privilegiada" Phillips e Pugh (1998: 13) in Como Preparar um Mestrado ou Doutoramento. Um manual prático para estudantes e seus orientadores. Mem Martins, Lyon Edições

Sunday, May 16, 2010

Afinal, quem é Cabacinhas?


Com 1000 consultas ao blog Pexe pó "Buano", é tempo de Cabacinhas desvendar um pouco da sua identidade para que, os que pouco ou nada sabem sobre este mártir da sociedade contemporânea, tenham a mínima noção da sua figura.

Pessoa de fácil trato e relacionamento, Cabacinhas é uma pessoa afável e tem um carinho especial pelas pessoas que o rodeiam pelo que, depois de se dar a conhecer, tenta preservar as ligações criadas. Poder-se-á até dizer que se trata de um ser dócil não obstante, numa alusão ao sentido canino do termo, farejar demasiadas vezes por onde não deve, o que leva o dito animal a ferir outras pessoas e a ferir-se algumas vezes. Pese embora este lado positivo – sim, este é o lado positivo! – Cabacinhas, a quem um dia (decerto por engano pois não é louro nem tão pouco anjo!) apelidaram de “anjo de caracol dourado”, tem um lado hummm... digamos que menos bom! É teimoso, por vezes impetuoso e outras tantas vezes mal interpretado por dizer aquilo que realmente pensa num discurso directo e que outros classificam de agressivo, nem que seja só por mera associação ao signo ao qual pertence! Cabacinhas vive permanentemente numa desorganização, organizada de forma peculiar, que o leva a estar sempre à procura de algo e a achar inúmeras coisas ao longo do dia – eureka! Opinativo e interventivo, tem maior propensão para falar do que para escutar os outros, no entanto, sabe ouvir, particularmente quando está perante situações delicadas.

Cabacinhas desempenhou várias actividades ao longo da vida entre as quais a de: serial killer, consultor de gestão, basquetebolista, gangster (conforme comprova a foto disponibilizada!), bancário, associado do SLB, bombeiro, contabilista, futebolista, agente da máfia, polícia, vigilante da Reserva Natural da Berlenga sob “pseudónimo” de José Carlos Pedro, pescador e caçador de pirilampos. De referir que Cabacinhas pode a qualquer momento retomar qualquer uma das actividades enunciadas. Gosta de economia, de gestão e também de comer crepes como se não houvesse amanhã!

Actualmente dizem que é professor na ESTM do I.P.Leiria mas considera-se um eterno estudante até porque, conforme costuma dizer – “quem deixar de aprender deve deixar de ensinar!”. Cabacinhas gosta de sol, praia e de fazer surf até lhe doerem os braços de tanto remar. Gosta de sair à noite com os amigos. No Verão, sempre que pode, gosta de fazer das praias recônditas (condição obrigatória para uma melhor produtividade) o seu escritório particular pois o trabalho flui melhor do que quando colocado entre 4 paredes. É um habitat que considera propício à leitura de artigos e à redacção de esboços que, posteriormente, no seu velhote computador, transformará em texto com carácter definitivo. Uma última nota para o benfiquismo moderado de Cabacinhas que, não sendo um fervoroso adepto do SLB, de quando em vez vibra com algumas das vitórias do emblema benfiquista.


Caso desejem, podem sempre opinar sobre algumas das características pessoais de Cabacinhas aqui evidenciadas ou acrescentar outras tantas que julguem adequadas à personagem.


Fica o sincero obrigado de Cabacinhas a todos os internautas pela leitura das postas de pescada aqui colocadas! Parabéns aos internautas pela sua capacidade de sofrimento "literário"! Bem hajam...

Tuesday, May 11, 2010

Europa - Que futuro?


O paradigma do estado social europeu aliado à corrente da liberalização económica entrou em ruptura desde hà muito. Como diria Saramago, ruptura não será o termo correcto pois não é possível romper algo dissociado desde a sua génese, ou seja, nunca terá havido uma ligação efectiva! A unidade da europa enquanto bloco económico-monetário está, hoje mais do que nunca, em causa e urge uma reformulação dos seus propósitos supranacionais. Neste domínio, assume particular importância a centralidade de algumas políticas como o reforço do orçamento europeu e da sua função redistributiva, a aposta numa política monetária promotora de crescimento e o fomento da harmonização fiscal como garante da equidade orçamental entre estados membros (principalmente ao nível da tributação directa). É tempo de repensar o trilho a seguir sabendo que, senão conseguimos aprender com os erros dos outros, ao menos aprendamos com os nossos próprios erros ou seremos um bloco cuja hegemonia estará certamente com os dias contados.

E trabalhamos pouco?

Nº médio de horas de trabalho anual por trabalhador:
Fonte: OCDE (2008)

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"Pelas tuas mãos medi o mundo  E na balança pura dos teus ombros  Pesei o ouro do Sol e a palidez da Lua." Tu, sempre tu, minha pr...