Das coisas mais acertadas que ouvi alguém dizer o ano passado nunca deveriam ter sido ditas, pelo menos por quem as disse. A lucidez de quem o diz e a assertividade do que é dito não legitima qualquer pessoa ou instituição para o fazer abertamente. Confuso!?
No ano passado fomos convidados a emigrar pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto. Nada mais acertado! Eu próprio o digo a mim, várias vezes ao dia, a amigos meus, família, etc. Porém, é inaceitável que um elemento do governo o faça! Esta conduta, além de eticamente reprovável, revela a incapacidade do executivo para reverter a situação vigente, incorrendo no erro de publicitar a intenção de desperdiçar recursos, nos quais invariavelmente se investiu num passado recente. No fundo, revela desnorte e desespero.
Na mesma linha, este exemplo servirá para inúmeras instituições.
Por exemplo, imagine-se que a universidade que frequento se situa no bairro alto. Será que tal facto legitimará os seus responsáveis a persuadir os alunos a escolherem a instituição de ensino porque ali é a melhor zona de copos de Lisboa? Não me fica mal a mim dizê-lo e frequentá-lo com amigos - aliás, confesso que tenho saudades! - mas tenho para mim que a promoção da universidade à custa desse facto, revelador de desespero, ser-lhe-á altamente prejudicial, por muito que os promotores da ideia pensem o contrário. Não basta ser sério, é preciso parecê-lo!
Por exemplo, imagine-se que a universidade que frequento se situa no bairro alto. Será que tal facto legitimará os seus responsáveis a persuadir os alunos a escolherem a instituição de ensino porque ali é a melhor zona de copos de Lisboa? Não me fica mal a mim dizê-lo e frequentá-lo com amigos - aliás, confesso que tenho saudades! - mas tenho para mim que a promoção da universidade à custa desse facto, revelador de desespero, ser-lhe-á altamente prejudicial, por muito que os promotores da ideia pensem o contrário. Não basta ser sério, é preciso parecê-lo!