Saturday, May 09, 2015

Artigo na revista 'Cadernos de Economia' (Jan-Mar de 2015)

Artigo completo aqui: https://drive.google.com/file/d/0B_xIsLNm2Bt5T0R0UFJQZUxfTEk/view?usp=sharing

Saturday, May 02, 2015

GREVE, greve, grevezinha ou 'ah e tal, uma coisa parecida com uma grevezinha'.

Enquanto mero observador do 'jornal' Observador, a propósito da greve na TAP, chamou-me a atenção um título sugestivo: Uma greve que estraga festas e propostas de trabalho.

Pois é... esta é uma não notícia cuja a aparência de o ser se deve ao estado decrépito da nossa democracia! Então mas o objetivo de uma greve (na TAP ou noutra empresa qualquer), última forma de luta, não é causar impacto?

Com pseudo-notícias destas, que grassam nos media sempre que ocorre uma greve aqui ou ali, pretende-se colocar o ónus a quem luta, não só pelo seu posto de trabalho e pelos seus direitos mas porque acredita que é possível melhorar a prestação de um serviço à comunidade.

Julgam que é fácil abdicar de 1, 2, 3 ou mais dias de salário!? Usualmente, quem faz greve não o faz de ânimo leve, fá-lo porque lhe assistem razões de sobra (condições de trabalho, horário de trabalho, qualidade do serviço prestado, nível salarial, entre outras).

A pressão dos media, na sua plenitude visível nesta ‘notícia?’, a chantagem do governo e a usual intolerância das empresas para com quem faz greve, contribuem sobremaneira para que este instrumento mantenha apenas a sua aparência e não sua eficácia, de resto consagrada constitucionalmente.

Os padres ‘Agamedes’ da atualidade (media, Estado e empresas) tudo têm feito para que a greve deixe de o ser. Talvez quando voltarmos à jorna – para lá caminhamos a passos largos! -, onde imperará o trabalho a troco de migalhas, ao invés de olharmos somente para o nosso umbigo, comecemos a perceber a importância da greve.

(…) “e tu deixaste de ser tu, mas vá lá que não chegaste a animal, grande vantagem, porque este deixar-se-ia ir abaixo das pernas, ficaria deitado sob a carga, e tu não, tu és um homem, és o parceiro enganado de uma grande batota universal, brinca, que mais queres, o salário não dá para comer, mas a vida é este jogo alegre” (…) Mas não se distraiam porque ” do chão se levanta tudo, até nós nos levantamos.”

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"Pelas tuas mãos medi o mundo  E na balança pura dos teus ombros  Pesei o ouro do Sol e a palidez da Lua." Tu, sempre tu, minha pr...