Existem-nos de diversas
estirpes:
(i)
No topo, vemos
os que estudaram em boas Faculdades e que, logo à saída com o almejado
canudo, possivelmente ainda sem tempo ou cultura de festejo, seguem direitinhos
para Belém sem dar Cavaco a alguém. Enquanto assessores do Presidente da República Silva,
dada a sua enorme experiência a jogar ao jogo da Rata, a comer tremoços ou a beber
água mineral sem gás, são merecedores do cargo que ocupam! Estes preciosos predicados aplicam-se também aos ilustres Especialistas que grassam por aí, os quais deixam a vida académica (finalizando, ou não, o curso) diretamente para a política - qual linha de produção eficiente!
(ii)
A seguir vêm
os que, começando cedo a sua vida académica, religiosa e política, tiraram
cursos de 3ª/4ª linha em ‘ilustres’ escolas do ensino superior e a quem, um dia,
os tubarões do partido que representam, pese embora a sua jovialidade latente,
endereçaram um convite para assumir a Presidência. Podia ser a presidência da
Associação Columbófila de Freixo de Espada à Cinta ou a presidência da
Associação das Bolas de Berlim (normalmente com creme putrefacto) ou mesmo a presidência da ilha da Berlenga - faltam lá são gaivotas! -, mas sempre na linha de um cunho religioso. Afinal, o cunho religioso mantém-se mas a presidência é outra.
(iii)
No terceiro
piso da pirâmide surgem os que não puderam (por vicissitudes familiares e/ou
por falta de condições financeiras) ou porventura não quiseram estudar. Tardiamente – se nunca tarde para aprender, sendo que a aprendizagem depende muito do ensino ministrado! -, enveredaram por cursos de 3ª/4ª linha porque, com
ou sem experiência no jogo da Rata, na rapidez a comer tremoços ou na ingestão de água mineral sem gás, o propósito principal não é académico mas sim político - nem é preciso carregar no botão do elevador
(social) que ele sobe! Invariavelmente finalizado tão exigente curso, apesar de
outrora por breves instantes alguns terem metido a “mão(zinha) na massa”, os padrinhos
do topo da pirâmide tratam da sua ascensão. Se será enquanto Especialista a dar
milho aos pardais ou como Caçador de caracóis em Lisboa – afinal naquela Costa
ribeirinha há muito Ministério e especialidades de corrida por apetrechar
internamente! – é uma ainda uma incógnita para o comum dos mortais. Por outro lado, têm sempre a alternativa de
amolador de tesouras com especialidade em contabilidade de canecas. Certo é que,
para estes senhores, afinal os doutores e futuros doutores deste país, há,
felizmente, sempre emprego – trabalho não (!) porque independentemente das funçõs referidas, deve ser respeitada a equidade nas
diversas profissões enunciadas, e como o caracol é um bicho bastante irrequieto e difícil de apanhar...
(iv) Por último, na base da pirâmide, surgem todos os que veem ser bem sucedidos os exemplos explicitados anteriormente e não querem ficar no
rés-do-chão/cave. Afinal, independentemente da vasta experiência na apanha de gambozinos
ou do empenho literal nos estudos iluminados sobre a rotatividade do sol em
torno da Terra, a partidarite, primeiro a nível local, depois a nível nacional,
parece dar os seus frutos – lembro-me sempre das Kunamis do ‘sketch’ dos Gato
Fedorento; a propósito segue o ‘sketch’ das listas partidárias dos Gato!