Sunday, April 25, 2010

Em Abril ou noutro mês qualquer


Será que o propósito estrutural de Abril foi seguido? Na actualidade, como dizia Zeca Afonso, será "o povo quem mais ordena"? Será o povo soberano? Estarão os políticos a servir ou a servir-se da política e do país?Será a nossa democracia idónea e saudável? Terá o povo liberdade para decidir? Usufruimos hoje dos direitos de Abril?

A efeméride serve de pretexto para terminar o coma de que, recorrentemente, este blog padece. Interrogo-me múltiplas vezes sobre a necessidade de uma outra manifestação cívica - que não necessáriamente uma revolução!-, que sirva de base para um novo rumo a trilhar pelo país. E pode ocorrer em Abril ou noutro qualquer mês desde que surjam consequências estruturais positivas na condução do país real. Como tal, decidi libertar um post que redigi há 2 anos (Janeiro de 2008) intitulado "Medo - Governo de Esquerda? Serei canhoto?" e que pretende descrever a liberdade ilusória do nosso quotidiano para a qual a falsa governação de esquerda muito tem contribuído.


"Medo - Governo de Esquerda? Serei canhoto?"
Escrevo porque tento não pensar sobre o tempo que hoje perdi ao ouvir as sábias palavras do nosso primeiro...O clima instalado hoje no nosso país é de medo - qual Al-Qaeda -, e porquê medo? Grave, grave é termos medo de nós próprios numa terra tão pequena quanto esta e esse facto, por si só, ser representativo da nossa pequenez.

O medo interno, o medo de existir como somos e como nos queremos afirmar, o medo de nos expressarmos, o medo de emitirmos uma opinião mais arrojada, o medo de dizermos o que realmente sentimos.Vivemos sob amarras que nos limitam não só a nós próprios como por inerência o desenvolvimento sustentado de um país.

Empreendedorismo, Competitividade, Responsabilidade social, Inovação. Palavras de vanguarda, palavras da moda direis vós... Tretas, balelas e mais balelas digo-vos eu! Enquanto houver medo de represálias ou por mero delito de opinião ou por diferenças de ser e de estar, as limitações são mais do que muitas e continuaremos a viver na mediocridade.

Soltemos amarras e deixemos fluir ao vento o que melhor há de todos nós. Enquanto as amarras persistirem e a bufaria por aí pairar, continuaremos no mesmo: "Epá é melhor deixar andar, senão..." "Não adianta nada e ainda me sujeito a....", "É melhor tar no meu canto.." - e assim caminha Portugal.Nem vale a pena aludir aos diversos casos que vieram a lume nestes últimos meses para observarmos que cada vez mais esse medo existe e a ampliação do mesmo afigura-se como objectivo mor do actual governo para, a seu bel prazer, fazer o que bem (não) pode e entende.

Escusando-me falar dos restantes casos, com especial enfoque nos que respeitam à Sra Directora da DREN, um há que me merece especial atenção - o novo estatuto dos jornalistas. Além de ser considerado por muitos um autêntico atropelo aos valores consagrados pelo 25 de Abril, o novo estatuto representa claramente a emergência de um Estado regulador em matéria vital onde a auto-regulação deveria continuar a prevalecer sob pena de, infelizmente, num futuro breve, a censura figurar de novo entre nós.

Tempo apenas para uma reflexão sobre o nosso primeiro (ou será dos últimos?). Nos mais diversos domínios Portugal não está bem mas o Sr José Sócrates, ou porque os índices de confiança são importantes para o desenvolvimento económico futuro ou por mero aproveitamento político-partidário, insiste em vender-nos a "banha da cobra" e em mentir-nos todos os dias através da sua hábil forma de falar. Apetece dizer: "Ó Zé mas estás a falar de Portugal ou da Alemanha?". E como a crítica não se faz apenas de aspectos negativos, tenho de parabenizar o nosso primeiro pela sua capacidade ao nível da propaganda e do marketing político-partidário. A propósito qual é a sua formação? Engenheiro? OOOOOps... é melhor parar por aqui, ainda sou demitido!


2 artigos interessantes em:http://www.ces.uc.pt/opiniao/ee/025.php

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1300444

Tuesday, April 06, 2010

Na tangente do sol...

Num fim-de-semana completamente diferente, o contexto em que me inseria era propício a apanhar sol e à leitura de qualquer coisa, que não a dica da semana (Do Lidl)! Apressei-me em comprar um jornal com algum conteúdo que sustentasse a minha estada! "Para variar", não obstante ler sempre alguma coisa do seu interior, deixei-me persuadir pela 1ª página de um dos económicos expostos. Se o tratamento dos temas de natureza económica ficou aquém do esperado, as colunas genéricas de opinião surpreenderam-me pela positiva. Miguel Esteves Cardoso deu o mote ao "descobrir" a fórmula para melhorar a qualidade de vida no imediato. Diz ele que, "basta deixar de pensar no que falta e na falta que faz e dar valor ao que já se tem".

Antagónico ao post anterior que redigi (The time is now)? Não creio! Julgo que reflexões complementares! Isto porque, o facto de aceitar onde estamos, permite-nos canalizar energias para onde queremos de facto ir e optimizar o tempo disponível em função do nosso objectivo - já dizia Séneca "Não há ventos favoráveis para quem não sabe para onde vai"! No fundo, aceitar onde estamos "é como guardar um bom livro para ler numa qualquer sala de espera", afinal The time is now!

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"Pelas tuas mãos medi o mundo  E na balança pura dos teus ombros  Pesei o ouro do Sol e a palidez da Lua." Tu, sempre tu, minha pr...