Abril, a 25 anos luz
deste país,
O medo perdura numa
liberdade mascarada,
Às vezes, quem mais clama
por liberdade,
Reforça a sua maquilhagem.
O falso orgulho na
ostentação dos cravos,
À lapela ou na mão,
Teima em que as pétalas
caiam sem se ver,
E de vermelho perpétuo da
dor que noutros causaram.
Sejamos autênticos,
porque é de autenticidade que se faz abril,
Sejamos conscientes, porque
abril está por desenvolver (e nós ainda cá estamos),
Sejamos o que sejamos mas
sejamos nós,
Nunca o que outros querem
que sejamos.
Encarreguemo-nos nós do
contributo para uma outra realidade e a liberdade perdurará.
Votos para que continuemos verdadeiros e
consequentes quando gritamos em uníssono:
“25 de abril sempre, fascismo nunca
mais!”
(Documentário experimental no inconfundível estilo de Edgar Pêra)
No comments:
Post a Comment